A denúncia feita pelo youtuber Felca sobre a adultização e a exposição sexual de menores nas redes sociais reacendeu um debate que, como lembram comentaristas do Em Pauta, na Globonews, já se arrasta há anos.

Em vídeo que ultrapassa 30 milhões de visualizações no Youtube, o influenciador detalhou rotas, falhas e truques que permitem o acesso fácil a conteúdos eróticos e pornográficos envolvendo crianças, muitas vezes publicados por iniciativa de pais ou responsáveis interessados em monetizar essas produções, com a complacência de plataformas digitais.

“É constrangedor o Brasil estar com freio de mão puxado diante da ocorrência dessa situação. A erotização e conteúdo erótico de crianças são a ponta do iceberg", analisa André Trigueiro.

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A repercussão mobilizou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, que anunciou a intenção de acelerar a tramitação de um projeto, já aprovado no Senado, que prevê medidas para restringir o acesso a esse tipo de conteúdo. Não é a primeira vez que a Casa reage a pressões das redes: situação semelhante ocorreu após polêmica envolvendo uma série de streaming sobre adolescência, mas sem avanços concretos.

Segundo a análise, a erotização e a pornografia infantil representam o ponto mais visível de um problema muito maior. Há uma série de conteúdos que, mesmo sem caráter explícito, exploram menores e geram lucro por meio de engajamento, premiando quem infringe a lei. “O que é crime no mundo real tem que ser crime no mundo virtual”, reforça.

Para o comentarista, a cobrança é para que o Brasil se alinhe ao século XXI no combate ao uso antiético e criminoso das redes sociais e da inteligência artificial na promoção de crimes contra crianças e adolescentes.

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