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Brasileira integrou equipe da Unesco que criou programa global sobre cultura oceânica


Baixada em Pauta: Ana Vitória Tereza Magalhães é a convidada da semana

A brasileira Ana Vitória Tereza de Magalhães, consultora internacional e especialista em cultura oceânica, transformou sua trajetória em um trabalho com impacto global. Ela integrou a equipe que desenvolveu a Escola Azul, programa da Unesco que leva o oceano para dentro das salas de aula em mais de 50 países, promovendo consciência ambiental, vínculo afetivo e ações sustentáveis entre estudantes.

Recentemente, Ana esteve em Santos (SP), onde participou de um evento sobre cultura oceânica e destacou a cidade como referência internacional no tema. Ela citou a lei pioneira sancionada no município como exemplo de política pública alinhada às metas globais da Unesco. Atualmente, Ana vive nos Açores, em Portugal, e também tem passagens por instituições como a Organização das Nações Unidas (ONU), a Unesco e a Comissão Europeia.

“A economia azul não é um nicho, ela é um setor consolidado, tem muita gente trabalhando, assim, na Europa aquilo já é muito grande, já gera um bom dinheiro há bastante tempo”, afirmou Ana, que é mineira e participou do podcast Baixada em Pauta, com o jornalista Matheus Müller.

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Ana de Magalhães, consultora internacional e especialista em cultura oceânica, integrou projeto que desenvolveu o programa Escola Azul, que insere o oceano no currículo escolar

Arquivo pessoal

Educação é o caminho

Ana Vitória afirmou que a educação é fundamental para enfrentar os desafios ambientais e preservar os oceanos. Ela destacou que, embora as ações individuais tenham importância, a responsabilidade maior está nas mãos de empresas e governos, que têm o poder de implementar políticas públicas capazes de transformar a realidade em larga escala.

Ana também alertou que ainda há falta de informação de qualidade sobre o oceano e os impactos da crise climática. Segundo ela, muitas pessoas acabam caindo em "bolhas negacionistas", nas quais se nega a existência das mudanças do clima, que, de fato, estão acontecendo. Ela ressaltou que, sem preparo adequado, inclusive financeiro, muita gente pode acabar tendo prejuízos significativos.

Brasileira ajuda a desenvolver rede de Escola Azul na Unesco para o ensino da cultura oceânica

Divulgação

Lei da Cultura Oceânica

Durante o evento, Ana citou a Lei da Cultura Oceânica, sancionada em Santos em 12 de novembro de 2021. Segundo a Unesco, o município foi o primeiro do mundo a transformar o tema em política pública. A norma prevê a inserção de conteúdos sobre oceanos e preservação da vida marinha em atividades pedagógicas da rede municipal.

A Lei Municipal nº 3.935 foi proposta pelo ex-vereador Marcos Libório, com apoio de técnicos das secretarias de Educação e Meio Ambiente, e sancionada pelo prefeito Rogério Santos (PSDB). Segundo a prefeitura, a medida repercutiu internacionalmente por estar alinhada à Década do Oceano (2021–2030), agenda proposta pela ONU.

Transversalidade do oceano deverá ser obrigatoriamente trabalhada em sala de aula, em Santos, SP

Divulgação/Prefeitura de Santos

Ana Vitória Tereza Magalhães é a convidada da semana no podcast Baixada em Pauta

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