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Caso Juliana Chaar: Advogado que atirou durante confusão é solto após pouco mais de um mês


Keldheky Maia foi preso novamente nesta quinta-feira (7)

Reprodução

Após mais de 40 dias preso, o advogado Keldheky Maia da Silva, que atirou durante a confusão que resultou na morte de Juliana Chaar Marçal, foi solto nesta quinta-feira (18). Ele foi liberado após a defesa conseguir um recurso.

Silva havia sido preso ainda no dia do incidente, mas saiu no dia seguinte, e voltou a ser preso no dia 7 de agosto. Diego Luiz Passo, principal suspeito de atropelar Juliana, segue preso.

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"Não há nada que comprove que ele venha a interferir no processo, respondendo em liberdade, por exemplo. Ele tem todas as condições pessoais favoráveis para responder em liberdade", destacou a advogada Paula Belmino.

Para liberação, o juiz determinou medidas cautelares, como:

Comparecimento periódico para prestar informações

Proibição de ausência da cidade

Suspensão de funções públicas

Proibição de contato pessoal com pessoas relacionadas ao caso

Uso de tornozeleira eletrônica

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Em uma rede social, Keldheky publicou uma foto logo após ser liberado, e um texto no qual agradeceu pelo trabalho da defensora. "Obrigado por todo o teu esforço e competência", escreveu.

Keldheky Maia da Silva publicou agradecimento à advogada após ser solto em Rio Branco

Reprodução

Por meio de nota, a família de Juliana manifestou 'absoluto respeito' às decisões da Justiça, mas destacou a indignação pela morte da mulher.

"Não podemos deixar de expressar profunda indignação e consternação diante da forma cruel e desumana como Juliana foi retirada de nosso convívio", lamentou o texto.

Advogado sacou arma e atirou durante confusão que terminou com morte de Juliana Chaar

Relembre o caso

Juliana Chaar chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu e morreu horas depois

Reprodução

Servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, morreu após ser atropelada durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente, em Rio Branco. O atropelamento ocorreu por volta das 5h48 do dia 21 de junho.

Diego Luiz Passo, que dirigia a caminhonete que atingiu Juliana, fugiu do local. A partir daí, uma verdadeira operação foi montada para localizá-lo. Ele só foi preso quase 25 dias após a morte de Juliana, no município de Bujari, interior do Acre, após escapar de um cerco policial. Ele se entregou ao Grupo Especial de Operações em Fronteira (Gefron) e à Polícia Penal.

Diego alegou que não viu Juliana antes de bater com a caminhonete nela. A defesa diz que Diego não tinha a intenção de atropelar a servidora, que tentou retornar para prestar socorro, contudo, ficou com medo da aglomeração e fugiu.

Nota da família de Juliana

A família de Juliana Chaar Marçal , brutalmente assassinada em 21/06/2025 vem a público manifestar-se acerca da recente decisão judicial que revogou a prisão preventiva do advogado Keldheky Maia da Silva, reiterando o absoluto respeito às decisões do Poder Judiciário, alicerce do Estado Democrático de Direito.

Contudo, não podemos deixar de expressar profunda indignação e consternação diante da forma cruel e desumana como Juliana foi retirada de nosso convívio.

Confiamos que a Justiça seguirá seu curso com a devida celeridade e rigor, assegurando que todos os envolvidos respondam por seus atos na medida exata de sua responsabilidade.

É o que se espera em homenagem à memória de Juliana, à verdade dos fatos, à bem da sociedade acreana e ao direito de sua família de ver a justiça plenamente realizada.

Rio Branco Ac, 18 de Setembro de 2025 - Família Chaar Marçal.

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