Rio Tietê em Salto tem vazão cinco vezes abaixo do normal
A vazão do Rio Tietê em Salto (SP) diminuiu cerca de 80% devido à estiagem no interior de São Paulo. A falta de chuva e o clima seco também contribuem para o aumento da poluição.
Conforme apurado pela TV TEM, a vazão do riu baixou de uma média de 250 a 300 m³ por segundo para 46 m³ por segundo. A última chuva significativa na cidade ocorreu no fim de julho deste ano.
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“O que a gente percebe com essa estiagem é a poluição existente no Rio Tietê. Nas pedras é possível notar a coloração mais escura e suja, além da espuma tóxica que se acumula devido aos resíduos presentes no leito do rio, o que transforma esse cenário em algo ainda pior”, comenta o secretário de Meio Ambiente, José Antônio Luciano.
Embora a água do Rio Tietê não seja destinada para o consumo humano nas torneiras dos moradores, o município utiliza parte dela para a produção de energia elétrica, o que reduz ainda mais a vazão.
A falta de chuvas também acendeu um alerta no abastecimento da população. Os mananciais Buru e Piraí, que abastecem a cidade, sofrem com a estiagem, tornando necessário o racionamento de água. Em Salto, as torneiras ficam secas diariamente das 13h às 19h.
“É preciso ter consumo consciente para utilizarmos o mínimo possível de água. Essa estiagem está afetando fortemente nossos mananciais”, reforça o secretário.
Problema recorrente em Salto
Segundo especialistas, Salto, que fica a 100 km da capital, recebe a maior parte das 600 toneladas de poluição despejadas na água todos os dias por 34 municípios da Região Metropolitana de São Paulo.
Por causa disso, o problema se intensifica na cidade, especialmente no trecho com quedas e corredeiras de água, que acabam concentrando ainda mais as espumas no rio. Além disso, o tempo seco colabora para que as espumas demorem ainda mais tempo para sumirem.
Baixa vazão do Rio Tietê em Salto (SP) expõe pedras e aumenta a formação de espuma tóxica
Reprodução/TV TEM
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