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Filho que matou professora é indiciado por feminicídio e ocultação de cadáver


Polícia Civil conclui inquérito sobre morte de professora pelo filho em BH

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da professora Soraya Tatiana Bomfim França, que foi assassinada pelo próprio filho, Matteos França Campos, em julho deste ano. Ele confessou que cometeu o crime durante uma discussão por motivos financeiros (relembre o caso mais abaixo).

Segundo a delegada Ana Paula Rodrigues de Oliveira, o homem deve responder por feminicídio com agravante por emprego de asfixia, ocultação de cadáver e fraude processual.

"No início, ele dificultou bastante, criou outras linhas investigativas paralelas e tentou ludibriar a investigação. Ele fez toda uma fraude, uma cortina de fumaça, para que a gente não chegasse até ele. Entretanto, a partir do momento em que ele foi preso, ele optou por confessar", disse Oliveira.

Além do indiciamento, a Polícia Civil se manifestou favorável à manutenção da prisão preventiva.

Com a conclusão das investigações, o inquérito policial foi remetido ao Ministério Público, que analisará as provas coletadas no caso para, eventualmente, denunciar o investigado à Justiça. Se a denúncia for aceita, o acusado vira réu e será julgado.

Matteos França Campos e Soraya Tatiana

Reprodução/Redes sociais

Relembre o caso

Matteos França Campos foi preso em 25 de julho deste ano, cinco dias após o corpo da mãe dele ser encontrado coberto por um lençol, em Vespasiano, na Grande BH. Inicialmente, sinais de violência no cadáver levantaram a suspeita de crime sexual.

Em depoimento à Polícia Civil, ele confessou ter enforcado a vítima no apartamento onde os dois moravam, durante uma discussão por motivos financeiros. Em seguida, disse que colocou a professora no porta-malas do carro dela e a abandonou perto de um viaduto.

As investigações apontaram que Matteos enfrentava dívidas relacionadas a apostas, havia feito empréstimos consignados e gerou boletos em nome da vítima. Ele teria “entrado em colapso” depois que a mãe reclamou da situação financeira da família.

Ainda segundo a polícia, não houve violência sexual, e o investigado tentou simular o desaparecimento da mulher. A motivação do crime, conforme os investigadores, foi o desentendimento.

Após audiência de custódia realizada no dia 27 de julho, a Justiça decretou a prisão preventiva de Matteos. A decisão foi assinada pela juíza Juliana Beretta Kirche.

Desde que foi preso, ele já foi transferido pelo menos duas vezes. Inicialmente, foi levado para o Ceresp Gameleira, depois foi encaminhado para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves e, no dia 30 de julho, foi encaminhado para o presídio de Caeté, também na Grande BH.

Filho que é o principal suspeito de matar mãe professora é preso

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