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Fraude contra a Caixa aproveitava 'lapso temporal' para desviar valores de boletos; PF investiga


Fraude desviava dinheiro de boletos pagos em instituição financeira

Altieres Rohr/G1

Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal nesta quinta-feira (11) em cidades de Santa Catarina em uma operação que investiga fraudes eletrônicas contra a Caixa Econômica Federal. A corporação informou que o golpe era praticado se aproveitando do lapso temporal entre o pagamento de boletos e o recebimento dos valores pelo banco.

A PF investiga desde janeiro duas funcionárias contratadas por uma instituição financeira que atuava com serviços bancários. O total desviado não foi informado, mas segundo a corporação está chega a "centenas de milhares de reais".

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Batizada de "Alea", a ação cumpriu ordens expedidas pela Justiça Federal em Forquilhinha e Nova Veneza. Os agentes também apreenderam dois veículos, celulares e documentos diversos. Os objetos serão analisados para subsidiar novas diligências da investigação.

🚔💸 Como funcionava o esquema

As investigações detalham que o desvio do dinheiro ocorreu através de simulações conhecidas como "float boleto", que se aproveitava da lacuna temporal entre o pagamento e o efetivo recebimento dos valores pela Caixa, "permitindo aos investigados obter vantagens indevidas".

Na ação desta quinta-feira, o objetivo da polícia é esclarecer a extensão dos danos causados pelos suspeitos e reunir novos elementos de prova. A PF também quer descobrir outros envolvidos no esquema.

Os investigados podem ser denunciados pelo crime de apropriação indébita.

🔎 Alea: O nome da operação faz referência à frase de Júlio César, que ao atravessar um rio teria dito: "Alea jacta est", ou "a sorte está lançada".

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