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FURG suspende atividades acadêmicas para ações de saúde mental e acolhimento de alunos e servidores


Universidade criou projeto de atendimento junto com prefeitura e empresa

Divulgação/FURG

A Universidade Federal do Rio Grande (FURG) suspendeu por cinco dias, a partir desta segunda-feira (15), as atividades acadêmicas para focar no acolhimento e apoio psicológico, após o registro de quatro casos de suicídio entre alunos, ocorridos ao longo de 2025.

A medida vale para todos os campi da universidade entre esta segunda e sexta-feira (19): em Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha, São Lourenço do Sul e Santa Vitória do Palmar.

De acordo com a Furg, "o recente contexto de perdas impactou profundamente a comunidade acadêmica", o que levou à "necessidade de tempo para acolhimento, escuta e cuidado coletivo".

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Durante a semana de suspensão das atividades, o Serviço de Psicologia da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) realizará "reuniões de construção coletiva voltadas ao acolhimento, ao diálogo e à promoção de ações de cuidado comunitário". O objetivo é atender e orientar estudantes, diz a universidade

Em paralelo, o Serviço de Psicologia da Pró-Reitoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (Progep) fará o apoio e acolhimento de servidores da universidade.

A FURG informou, por fim, que "as atividades administrativas seguem inalteradas".

Alertas

Especialistas destacam comportamentos que podem chamar atenção em pessoas que estejam em situação de sofrimento psíquico:

Mudança brusca de comportamento

Falar, postar ou buscar conteúdos relacionados a suicídio

Isolamento: família, amigos, eventos sociais

Perda de energia

Irritabilidade

Descuido com a higiene pessoal

Perda de prazer em atividades que antes a pessoa gostava

Assim como o aumento de comportamentos impulsivos:

Aumento do uso de álcool e drogas

Direção imprudente

Colocar-se em situações de risco

Deixar de tomar medicamentos necessários

Como ajudar?

Além de conhecer os possíveis sinais de que a pessoa está passando por sofrimento emocional, é preciso saber o que fazer com essa informação. O Ministério da Saúde também tem orientações:

Encontre um momento apropriado e um lugar calmo para falar sobre suicídio com essa pessoa. Deixe-a saber que você está lá para ouvir, ouça-a com a mente aberta e ofereça seu apoio

Incentive a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento

Se você acha que essa pessoa está em perigo imediato, não a deixe sozinha. Procure ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência e entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa

Se a pessoa com quem você está preocupado vive com você, assegure-se de que ela não tenha acesso a meios para provocar a própria morte (por exemplo, pesticidas, armas de fogo ou medicamentos) em casa

Fique em contato para acompanhar como a pessoa está passando e o que está fazendo

Como buscar ajuda

Para quem precisa de apoio emocional, além de acionar a rede de apoio, o acolhimento inicial pode ser feito através do número 188, o número do Centro de Valorização da Vida (CVV), que é válido em todo território nacional e é gratuito.

O Sistema Único de Saúde (SUS) promove a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) que fazem o acolhimento para quem precisar sem necessidade de agendamento.

CVV recebe ligações e atua como pronto-socorro emocional

Divulgação / CVV

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