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Justiça devolve terreno anexo à escola de samba Deixa Falar, na Cidade Velha, em Belém


Em abril, um suposto dono do terreno havia promovido uma ação que demoliu a fachada do prédio. Processo na Justiça continua. Justiça devolve terreno anexo à sede da escola de samba Deixa Falar, em Belém

A Justiça determinou que um terreno anexo à escola de samba Deixa Falar, no bairro da Cidade Velha, em Belém, fosse devolvido à agremiação. Um mandado de reintegração de posse foi cumprido nesta sexta-feira (16).

No dia 10 de abril, houve uma ação onde em que parte da fachada do prédio foi demolida durante a madrugada. O suposto dono do terreno não havia apresentado documentação, nem mandado de reintegração.

A escola então ingressou com ação na Justiça e teve parecer favorável. O processo segue para que a Deixa Falar tenha posse definitiva no terreno anexo à sede da agremiação carnavalesca.

As atividades culturais e oficinas promovidas pela escola de samba devem retornar na próxima semana.

Entenda o caso

Escola de samba denuncia invasão e depredação sem mandado em Belém

A escola de samba Deixa Falar foi alvo de invasão, no dia 10 de abril, com apoio de policiais civis, que estavam sem mandado judicial. O prédio foi depredado, segundo os relatos, na madrugada.

A Deixa Falar é uma tradicional escola de Belém, conquistou o 4º lugar no Carnaval de 2025 e ganhou destaque nacional ao vencer o Festival de Samba Enredo, promovido pela Grande Rio, no Rio de Janeiro. A escola carioca homenageou o Pará na apresentação.

A escola informou que um homem, não identificado, tinha chegado acompanhado com equipe munida de materiais de obra. O grupo estava sendo apoiado por policiais civis armados e começou a demolir as dependências da agremiação. As viaturas estavam sem placas visíveis, ainda de acordo com a escola.

Segundo a denúncia, os agentes da Polícia Civil atuaram para obstruir qualquer tentativa de impedir a ação, que ocorreu "de forma abrupta, sem diálogo ou aviso prévio". Os agentes informaram à comunidade que cumpriam ordens do delegado de PC Wellington Sousa.

Em nota, a Polícia Civil negou, à época, que agentes invadiram o imóvel e informou que "uma equipe da Divisão de Investigação e Operações Especiais (DIOE) foi acionada após receber denúncia, feita pelo dono do local, de apropriação indevida do prédio".

Ainda segundo a nota, "a PC foi até o imóvel para identificar e intimar os responsáveis pelo crime".

A PC disse ainda que uma pessoa compareceu à delegacia para prestar esclarecimentos, onde, em seguida, foi feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por esbulho possessório, além de assinatura de Termo de Compromisso de Comparecimento à Justiça quando convocada.

Sede de escola de samba é alvo de ação, com apoio de policiais civis, sem mandado judicial, diz 'Deixa Falar'.

Reprodução / ESA

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