Fim de semana foi marcado por diversos incêndios em cidades da região
Moradores da região relataram pânico e tristeza durante a queimada que atingiu uma fazenda em Jaguariúna (SP) na tarde de sábado (23). As chamas foram controladas na madrugada de domingo (24), mas causaram estragos em uma área extensa de vegetação.
Apesar do susto, ninguém se feriu. Alguns moradores, no entanto, precisaram ser removidos de casa por duas horas durante o combate às chamas. O gesseiro Alberto Vagner de Lima presenciou o momento em que fogo avançou.
"A cidade inteira sofreu. Muita fumaça, muita fuligem, foi muito grande. É triste para mim que moro aqui há mais de 16 anos e nunca tinha visto um incêndio dessa proporção aqui, foi desesperador", contou.
📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp
Já o comerciante Rashid Youssef relatou ter visto a “fumaceira” da estrada quando viajava de Campinas (SP) em direção a Jaguariúna.
"Quando eu cheguei, o fogo estava violento e à noite, só piorou. Tinham labaredas altas, quase vindo pro bairro. Foi uma fumaceira a noite inteira e agora de manhã, essa destruição total aqui. É lamentável", disse Youssef.
Queimada em fazenda de Jaguariúna (SP) assusta moradores
Reprodução/EPTV
Prejuízo para os animais
A moradora Creusa Vieira tentou conter os focos que se formavam perto da casa dela com baldes de água junto ao marido, João Roberto Vieira. O casal ficou especialmente emocionado por perceber a morte dos bichos da região. “Meu coração chorou”, disse a dona de casa.
É triste ver tanto bichinho que morreu aí, é uma coisa doída. Tem tatu, lebre, veados, ouriços... é uma coisa que não dá pra entender. Se foi o ser humano que colocou fogo, é doído".
Imagens aéreas feitas no helicóptero Águia, da Polícia Militar (PM), mostram a dimensão da área destruída (veja abaixo). Ainda no sábado, o Águia lançou água sobre os focos e ajudou a extinguir as chamas, que eram combatidas pelos bombeiros e pela Defesa Civil.
Imagens aéreas mostram dimensão da área destruída por queimada em Jaguariúna
Tempo seco
"Existem apenas alguns focos isolados no meio de onde já foi queimado. No momento, sem risco de propagação, mas devido à estiagem e ao tempo seco a gente tem riscos de, de repente, esse foco ser carregado para onde não foi queimado", explicou o sargento Roberto Leite, do Corpo de Bombeiros.
Segundo o sargento, a estiagem, o tempo seco e os ventos fortes contribuem para que focos de incêndio se alastrem.
Ele também alerta para os perigos de se colocar fogo em vegetação nesta época do ano e para que cidadãos tenham cuidado com o lixo jogado nas vias, em especial bitucas de cigarro.
VÍDEO: tudo sobre Campinas e região
Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas