Blogueiro Wellington Macedo em depoimento à Câmara Legislativa do DF, em 2023
Carlos Gandra/CLDF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou, nesta segunda-feira (22), um pedido de soltura do blogueiro cearense Wellington Macedo de Souza.
➡️Wellington é um dos três homens condenados por terem planejado, em 2022, um atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília.
➡️Um artefato chegou a ser instalado no eixo de um caminhão-tanque, mas foi identificado e desarmado a tempo pela Polícia Militar do Distrito Federal.
Wellington Macedo foi condenado a seis anos de prisão pela Justiça do Distrito Federal, em decisão já definitiva. Ele passou meses foragido e foi capturado no Paraguai, em setembro de 2023. Relembre no vídeo:
Cearense Wellington Macedo é preso no Paraguai
O blogueiro chegou a cumprir pena em regime fechado mas, em dezembro de 2024, obteve autorização para passar ao regime semiaberto.
Em junho deste ano, a pedido da Procuradoria-Geral da República, Moraes decretou uma nova prisão preventiva contra os três condenados pelo caso – em razão do descumprimento das medidas cautelares.
Os motivos para manter a prisão
No despacho desta segunda, Moraes diz que, mesmo após deixar o regime fechado, Wellington Macedo "deliberadamente descumpriu a prisão domiciliar a ele imposta".
"[...] com notícias de que o requerente não foi localizado em sua residência, mas publicou vídeo nas redes sociais afirmando que estava fugindo do mandado de prisão expedido e precisava de ajuda para fazê-lo, solicitando contribuições financeiras."
"E o fez em claro comportamento desafiador, de desrespeito a esta Suprema Cortee às decisões por ela proferidas, evidenciando que as medidas impostas não se mostraram eficazes para a garantia da aplicação da lei penal e ordem pública no caso posto", segue Moraes.
Relembre o caso
A ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse colocado próximo a um poste para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital.
Em 24 de dezembro de 2022, de última hora, a decisão mudou, e o objeto foi colocado no caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação.
O motorista do caminhão percebeu que havia um "objeto estranho" no caminhão e chamou a Polícia Militar. A PM detonou o explosivo. O caso não impactou as operações no aeroporto.