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MP denuncia homem acusado de apedrejar ônibus em SP e ferir passageira no rosto


Acusado de apedrejar ônibus em São Paulo é preso; passageira foi atingida no rosto

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou nesta terça-feira (2) Éverton de Paiva Balbino, acusado de lançar uma pedra contra um ônibus na Avenida Washington Luís, na Zona Sul da capital, em 27 de junho. O ataque deixou uma passageira gravemente ferida no rosto.

Segundo a denúncia apresentada pelo promotor Rodolfo Morais, da I Promotoria do Tribunal do Júri, Balbino deve responder por tentativa de homicídio triplamente qualificado — por motivo fútil, uso de meio que resultou em perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima. O g1 tenta contato com a defesa de Balbino.

A pedra arremessada pelo suspeito atravessou a janela do coletivo e atingiu o rosto da passageira, que sofreu múltiplas fraturas, incluindo no osso orbital e no nariz. A vítima correu risco de vida.

“Era plenamente previsível que, ao lançar um objeto contundente e pesado contra a janela de um ônibus em movimento, na altura da cabeça dos passageiros, poderia atingir fatalmente um deles. A conduta demonstra que o denunciado anuiu com a possibilidade da morte, sendo-lhe indiferente a vida e a integridade física de todos que ali estavam”, afirmou o promotor na denúncia.

Indenização e prisão preventiva

Além da condenação, o Ministério Público pediu à Justiça que seja fixada indenização mínima de R$ 50 mil em favor da vítima. O acusado está preso temporariamente, mas o órgão solicitou a conversão da custódia em prisão preventiva.

A denúncia afirma que Balbino teria cometido o crime como forma de vingança, após uma suposta “fechada” de trânsito. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que um carro vermelho para na via, o suspeito desce, pega uma pedra de grande porte e a arremessa contra o ônibus. O veículo usado no ataque foi apreendido pela polícia.

Disputa

A Polícia Civil concluiu que os ataques a ônibus que começaram na Grande São Paulo em 12 de junho se deveram a disputas entre empresas por linhas de ônibus na Zona Sul da capital.

Para os investigadores, as ocorrências que partiam de um grupo organizado já podem ser consideradas inexistentes – as que permanecem são pontuais. “Os ataques orquestrados acabaram”, afirma o delegado Fernando Santiago, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

Segundo a SPTrans, no mês de agosto, a média diária de registros até o dia 20 foi de 3,6 casos, patamar muito próximo do período anterior à onda de ataques. Em julho, auge das depredações, a média diária chegou a 12,9 casos.

Fila de ônibus atacados na madrugada desta quinta-feira (3) no 47° DP do Capão Redondo, na Zona Sul da capital.

Reprodução/TV Globo

Ônibus atacado na Avenida Rio Branco.

Arquivo Pessoal

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