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No Congresso, governo tenta barrar a votação do projeto de anistia defendido pela oposição


Governo trabalha pra tentar barrar votação do projeto de anistia defendido pela oposição

No Congresso, o governo está em um esforço político para barrar a votação do projeto de anistia defendido pela oposição.

A ministra Gleisi Hoffmann, responsável pela articulação política do governo, estava reunida com 11 ministros - entre eles, de partidos do Centrão - quando o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos, foi às redes sociais para dizer que tinha conversado com Gleisi e informado a ela que “o compromisso da Câmara é votar a matéria que amplia a isenção do Imposto de Renda, de relatoria do deputado Arthur Lira. Há um entendimento da Casa que é uma prioridade para o Brasil e os brasileiros”.

Em agosto, a Câmara aprovou a urgência para o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda. Assim, ele já pode ser votado direto no plenário, sem passar por comissões. O projeto isenta quem ganha até R$ 5 mil por mês. Hoje, a isenção do IR é para quem recebe até dois salários mínimos, o equivalente a R$ 3 mil. O texto também prevê um desconto parcial para quem tem rendimento entre R$ 5 mil e R$ 7.350 por mês.

Para compensar a ampliação da faixa de isenção, o governo quer criar uma tributação para quem tem alta renda e atualmente não paga um percentual mínimo. Será criada uma alíquota progressiva para rendimentos acima de R$ 600 mil por ano, podendo chegar a 10% para quem recebe, anualmente, acima de R$ 1,2 milhão. Quem já paga a alíquota de 27,5% de Imposto de Renda sobre o salário, não terá acréscimo.

No Congresso, governo tenta barrar a votação do projeto de anistia defendido pela oposição

Jornal Nacional/ Reprodução

Na reunião com os ministros no Palácio do Planalto, a ministra Gleisi Hoffmann reforçou que o presidente Lula quer que todos priorizem as pautas do governo e, assim, tentem esvaziar as articulações para a aprovação do projeto que anistia os condenados pelos ataques golpistas. A pressão da oposição - especialmente do PL, Progressistas, União Brasil e Republicanos - para pautar o perdão aumentou nos últimos dias. Na semana passada, Progressistas e União Brasil ameaçaram punir os aliados que não deixassem o governo. Até agora, não houve movimento de saída.

Depois da reunião, Gleisi Hoffmann publicou que todos os ministros que participaram da reunião - inclusive do União Brasil - concordaram em fortalecer as pautas da isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil, as MPs da redução da conta de luz, do Gás do Povo e a PEC da segurança pública, entre outras.

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