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O que se sabe e o que falta esclarecer sobre o assassinato de jovem em baile funk no Rio


Vídeo mostra jovem dançando em baile pouco antes de ser espancada até a morte

A atendente Sther Barroso dos Santos, de 22 anos, morreu na madruga de domingo (17) após ser brutalmente espancada ao deixar um baile funk no Rio.

A família diz que ela foi morta após se recusar a sair com Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, chefe do tráfico no Muquiço, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio.

A família diz que Sther foi deixada na porta de casa, na Vila Aliança, também em Bangu, favela próxima na região, desfigurada e com marcas de violência sexual.

O corpo da jovem foi enterrado nesta quarta (20). O laudo da Polícia Civil aponta hemorragia e politraumatismo como causas da morte. 

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). 

Veja abaixo o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso.

Quem era Sther Barroso dos Santos?

Como aconteceu o crime?

O que diz o laudo da morte?

Há algum suspeito do crime?

Coronel e Sther se conheciam?

O que diz a polícia?

O que falta esclarecer?

Mãe de Sther se emociona na despedida da filha

Reprodução/TV Globo

1. Quem era Sther Barroso dos Santos?

Sther era uma jovem de 22 anos, moradora da Vila Aliança, na Zona Oeste do Rio. Trabalhava como atendente em uma lanchonete e fazia planos de mudar de vida. Ela deixou um caderno com várias anotações: "Vai ser o melhor ano da minha vida."

Entre seus objetivos estavam tirar a carteira de habilitação, fazer cursos, adotar um cachorro e ajudar a família a recomeçar após deixarem a comunidade do Muquiço, também dominada pelo tráfico.

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Sther anotou em caderno planos para 2025

Reprodução

2. Como aconteceu o crime?

Segundo a família, Sther foi espancada até a morte na madrugada de domingo (17), após se recusar a sair com um traficante durante um baile funk na comunidade da Coreia, em Senador Camará. Segundo a família, ela foi atacada por dois homens a mando do traficante.

Um vídeo mostra a jovem dançando pouco antes de ser morta (veja acima).

Sther Barroso dos Santos

Reprodução

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3. O que diz o laudo da morte?

A certidão de óbito aponta que Sther morreu de hemorragia subaracnóidea, traumatismo cranioencefálico e politrauma. A família também denuncia que ela foi estuprada e desfigurada. 

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4. Há algum suspeito do crime?

Bruno da Silva Loureiro, o Coronel, é chefe do tráfico de drogas no Muquiço, em Guadalupe

Reprodução

Sim, o traficante Bruno da Silva Loureiro, conhecido como Coronel, é apontado pela família como o assassino de Sther.

Segundo a Polícia Civil, ele é integrante do Terceiro Comando Puro (TCP) e acumula 12 mandados de prisão por crimes como tráfico de drogas, homicídio, organização criminosa, porte ilegal de arma e corrupção de menores.

“Você não só acabou com a vida da minha irmã quanto da minha família. Olha a felicidade da minha irmã. Covarde desgraçado”, postou Stefany, irmã de Sther.

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5. Coronel e Sther se conheciam?

Sim. A mãe de Sther conta que ela teve um breve relacionamento com o traficante, mas os dois não estavam mais juntos. Para fugir das investidas dele, a jovem se mudou com a mãe para um apartamento na Vila Aliança.

“Tirou a minha filha de mim. Eu não vou aguentar, ela era linda e cheia de planos. Eu quero justiça, quero a minha filha”, disse Carina Couto, no enterro da filha.

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Parentes e amigos se despedem de Sther, jovem espancada até a morte

6. O que diz a polícia?

A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando o caso. Até a publicação desta reportagem, o suspeito não havia sido preso. A Polícia Civil informou que realiza diligências para localizar os envolvidos.

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7. O que falta esclarecer?

A autoria e a motivação do crime são os principais pontos a serem esclarecidos no caso. Também não está claro onde o crime aconteceu e quantas pessoas participaram da agressão. 

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Parentes e amigos pedem justiça por Sther

Reprodução/TV Globo

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