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Polícia de São Paulo prende suspeita de ajudar criminosos que mataram Ruy Ferraz Fontes


Polícia prende mulher suspeita de ajudar criminosos que mataram ex-delegado-geral de Polícia de SP

A Polícia de São Paulo prendeu uma mulher suspeita de colaborar com os assassinos do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes na Baixada Santista.

Os investigadores afirmam que Dahesly de Oliveira Pires, de 25 anos, ajudou a quadrilha a esconder uma das armas usadas no assassinato do delegado aposentado Ruy Ferraz Fontes.

"Esse apoio logístico foi dado um dia depois do crime. Na terça-feira que ela recebeu essa missão de ir a Praia Grande num determinado endereço que ainda nós estamos investigando, voltar para casa dela e esse indivíduo passa e pega para levar embora", diz Artur Dian, delegado-geral da Polícia Civil de SP.

No começo da tarde, a Justiça decretou a prisão de Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, de 43 anos. Os investigadores afirmam que foi ele quem pediu a Dahesly que viajasse ao litoral para buscar o fuzil. Luiz Antonio ainda teria sido visto dirigindo um carro preto, usado pelos assassinos.

Outros dois suspeitos identificados também estão foragidos: Flavio Henrique Ferreira de Souza, de 24 anos, e Felipe Avelino da Silva, de 33, conhecido como Masquerano. Os investigadores afirmam que Felipe é integrante do PCC, o que, na visão das autoridades, reforça a suspeita de que a facção esteja diretamente envolvida na morte do delegado.

A motivação do crime ainda é um mistério para a polícia. Os investigadores trabalham com duas linhas principais de investigação: uma vingança pelos anos em que Ruy Fontes atuou no combate ao crime organizado ou uma represália de criminosos que tiveram seus interesses contrariados pelo trabalho dele na Secretaria de Administração de Praia Grande.

Um dos chefes do PCC que atuava na Baixada Santista entrou no radar da polícia. Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido como Azul ou Colorido, foi condenado a 28 anos de prisão por roubo, tráfico de drogas, receptação e associação criminosa. Cumpriu pena em São Paulo e também na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, de onde saiu em agosto, e estaria colocando em prática planos traçados pela facção.

"É um membro considerado importante na organização criminosa, ficou preso na Penitenciária Federal por muito tempo, inclusive com todas as lideranças do PCC. Saiu recentemente, então a gente não descarta a possibilidade", diz Derrite.

O advogado de Dahesly de Oliveira Pires não quis se manifestar. O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa dos outros suspeitos.

Polícia de São Paulo prende suspeita de ajudar criminosos que mataram Ruy Ferraz Fontes

Reprodução/TV Globo

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