Condenados cobravam propina por serviços do Detran e para permitir emplacamento fora do órgão de trânsito
Detran-RJ/Divulgação
Quinze pessoas - entre policiais civis e despachantes veiculares - foram condenadas por participação em esquema de corrupção no Detran/MG. Em 2019, eles foram envolvidos na Operação Êxodo 23, realizada pelo Ministério Público.
📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram
Os réus foram condenados por organização criminosa dedicada à prática de crimes de corrupção, falsidade ideológica, usurpação de função pública e prevaricação. As penas, somadas, ultrapassam 211 anos de prisão.
Três pessoas que colaboraram com as apurações tiveram suas penas reduzidas a 5 anos, 5 meses e 19 dias e irão cumpri-las em regime semiaberto. Os outros envolvidos foram condenados a penas superiores a 12 anos de prisão.
O ex-delegado apontado como líder do esquema recebeu pena de 19 anos e 1 mês de reclusão. Foi decretada a perda dos cargos dos policiais civis envolvidos.
Os condenados também deverão pagar multas que somam R$ 784.506,00 e uma indenização por danos morais coletivos de R$ 200 mil.
Os sentenciados e o Ministério Público podem recorrer da sentença. O g1 tenta localizar a defesa dos condenados.
Relembre o caso
Em dezembro de 2019, o Ministério Público deflagrou uma operação - batizada de Êxodo - destinada a desmantelar organização criminosa composta por policiais civis, servidores do Detran e despachantes de veículos de Elói Mendes e Varginha, que cobravam propina para atividades de responsabilidade do órgão de trânsito.
LEIA MAIS SOBRE O CASO:
Delegado e policiais civis são alvos de operação contra crimes no departamento de trânsito em MG
Ex-delegado regional de Varginha é preso após ser alvo em duas operações do Ministério Público
Imagens mostram vistoria ilegal em esquema que envolvia delegado e policiais em MG
Operação cumpre novos mandados ligados a crimes no departamento de trânsito no sul de MG
As investigações duraram aproximadamente dois anos e foram coordenadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais. De acordo com o MP, a organização criminosa chegava a arrecadar R$ 100 mil por mês.
O esquema criminoso cobrava propina para:
atestar falsamente vistorias não realizadas;
agilizar expedição de documentos veiculares;
autorizar emplacamentos e lacrações fora do órgão de trânsito.
Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas