O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta quinta-feira (18) que o MDB – partido pelo qual foi eleito senador – tem que fechar questão, no Senado, contra a chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem.

O texto, que protege parlamentares contra processos no Supremo Tribunal Federal (STF), foi aprovado pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (17) e, com isso, seguiu para análise do Senado, onde iniciará sua tramitação pela Comissão de Constituição e Justiça.

Em uma rede social, o ministro, que é filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que tem razão quem chama a proposta de "PEC da Bandidagem".

"Ela dificulta investigações contra deputados e senadores. Para processar um parlamentar, seria necessária autorização do plenário da Câmara ou do Senado, em voto secreto. Se isso virar regra, até criminosos podem disputar mandatos para comprar imunidade. É a porta aberta para a infiltração do crime organizado na política", declarou o ministro.

PEC da Blindagem é encaminhada para CCJ do Senado

Renan Filho afirmou que em Alagoas, estado que o elegeu senador, o MDB já advertiu deputados que votaram a favor da PEC.

"Agora é a vez do MDB no Senado. Vou sugerir que o partido feche questão contra a PEC da Blindagem", disse o ministro de Lula.

Ele afirmou que nenhum senador do MDB pode apoiar um "retrocesso que blinda políticos e ameaça a democracia". E que a PEC é "inadequada, inoportuna e imoral".

O ministro dos Transportes lembrou ainda que, para se aprovar uma PEC no Senado, são necessários 49 votos favoráveis em dois turnos de votação. E disse que, se o MDB se posicionar contra o texto, a chance de derrubá-la aumenta muito. A bancada do partido na Casa conta atualmente com 12 integrantes.

Renan Filho, ministro dos Transportes

Reprodução/TV Globo