Incêndio florestal chega ao oitavo dia no interior do Piauí

Um incêndio que já dura oito dias na zona rural de Pavussu e Canto do Buriti, no sertão piauiense, comprometeu produções de apicultores, agricultores e criadores de animais. As chamas destruíram lavouras, consumiram a mata nativa e colocaram centenas de animais em risco.

A apicultora Dalila Pereira de Sousa relatou que na safra passada colheu 22 tambores de cerca de 280 a 300 kg.

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“Esse ano não vai ter como produzir mel, vai ser muito fraco porque as abelhas foram todas embora, a vegetação tá devastada. Perdemos quase 7 toneladas de mel, perda muito grande pra nós produtores”, lamentou. O apicultor Valdir Alves também perdeu 20 caixas de abelhas, estimando um prejuízo de R$ 8 mil.

Na agricultura, as perdas chegam a 90%, especialmente nas lavouras de arroz, milho e feijão, segundo o decreto da prefeitura de Pavussu, que declarou situação de emergência. O prefeito Winicius Miranda (PSD) destacou que as três principais fontes de renda do município — agricultura, criação de animais e apicultura — foram afetadas.

O incêndio florestal afeta, segundo o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), cerca de 98 km² - o equivalente a 13.625 campos de futebol.

A Sala de Monitoramento e Previsão de Eventos Climáticos Extremos, da Defesa Civil do Piauí e da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), contabiliza, no entanto, que a área afetada é de 69 km².

"Era no total de 33 porcos e eu consegui salvar 18. Foi a maior correria, o marido de uma prima minha me avisou 'corre lá que o tá pegando fogo' ai eu consegui prender esses e os outros encontrei só a carcaça. Prejuízo muito grande", afirmou o criador de porcos Anderson Mendonça.

Incêndio em área de mata no Piauí avança

g1

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