- Pedestres enfrentam dia de sol e calor na Avenida Paulista, região central de São Paulo, nesta terça-feira, 19 de setembro de 2023. A semana na cidade de São Paulo promete ser de calor intenso, com temperaturas acima dos 32°C, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO

A cidade de São Paulo é o terceiro município mais competitivo do Brasil, segundo o Ranking de Competitividade dos Municípios 2025, produzido pelo CLP (Centro de Liderança Pública) e divulgado nesta quarta-feira (27). A capital perdeu a vice-liderança para Vitória (ES) e caiu uma posição em relação ao ano passado. Florianópolis (SC) lidera o ranking.

Contudo, na área de segurança, São Paulo ocupa o 200° lugar. Em apenas um ano, a cidade despencou 140 posições. (Leia mais abaixo.)

🔎 O Ranking de Competitividade dos Municípios é composto por 65 indicadores organizados em 13 pilares temáticos, que, por sua vez, são agrupados em 3 dimensões: instituições, sociedade e economia. São analisados 418 municípios com população acima de 80 mil habitantes.

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Considerada uma ferramenta de avaliação e cobrança, o ranking tem entre seus objetivos: mensurar a capacidade do poder público em planejar, articular e executar ações para promover o bem-estar social, incentivar a competição e permitir o mapeamento das fraquezas dos municípios.

Confira a classificação da capital paulista a partir dos 13 pilares:

Sustentabilidade fiscal: 1° (+1 posição)

Funcionamento da máquina pública: 39° (-6 posições)

Acesso à saúde: 188° (+24 posições)

Qualidade de saúde: 96°

Acesso à educação: 57° (+3 posições)

Qualidade de educação: 190° (-52 posições)

Segurança: 200° (-140 posição)

Saneamento: 38° (+18 posições)

Meio ambiente: 233° (-39 posições)

Inserção econômica: 136° (-65 posições)

Inovação e dinamismo econômico: 2° (-1 posição)

Capital humano: 31° (+1 posição)

Telecomunicações: 344° (+13 posições)

Nesta edição, a cidade de São Paulo, antigo vice-líder, alcançou a primeira colocação em sustentabilidade fiscal — formado pelos indicadores de dependência fiscal, taxa de investimento, despesa com pessoal e endividamento. Outro destaque é a área de inovação e dinamismo econômico, em que a capital conquistou o 2° lugar.

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O pior desempenho foi registrado em telecomunicações, na 344° posição. Este pilar analisa o acesso de telefonia móvel e de banda larga.

Outro grande desafio é o meio ambiente, no 233° lugar, medido a partir dos seguintes indicadores: emissão de gases, cobertura de floresta natural, desmatamento ilegal, velocidade do desmatamento ilegal e áreas recuperadas.

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Segurança

Viatura da Polícia Militar de São Paulo

Reprodução/Polícia Militar

A segurança pública é outro grande desafio para São Paulo. A capital ocupa a 200ª posição entre os 418 municípios analisados.

Segundo o Ranking, a inclusão de um pilar específico para segurança se justifica porque o tema é considerado fundamental enquanto métrica de qualidade de vida. Um município com bom nível de segurança atrai cidadãos para viver, estudar, trabalhar e empreender.

O tema é preocupação recorrente entre os moradores, como mostra, por exemplo, a pesquisa "Viver em São Paulo – Qualidade de Vida", da Rede Nossa São Paulo, divulgada em janeiro. Na ocasião, 74% dos entrevistados avaliaram que a segurança é o maior ou o segundo maior problema da capital.

Confira o ranking dos indicadores que compõe o pilar de segurança:

Mortes violentas intencionais: 6° (-2 posições)

Mortes por causas indeterminadas: 416° (-37 posições)

Mortalidade de jovens por razões de segurança: 51° (+5 posições)

Mortalidade nos transporte: 19° (-6 posições)

Morbidade hospitalar por acidentes nos transportes: 186° (+8 posições)

Em sintonia com os dados do Ranking de Competitividade dos Municípios, o Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que 357 pessoas foram mortas pela polícia no ano passado, o equivalente a 40% das 937 mortes violentas registradas.

Isto é, a cada dez assassinatos registrados na cidade de São Paulo, quatro foram cometidos por policiais militares ou civis em 2024.

As mortes violentas incluem: homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, feminicídio e morte decorrente de intervenção policial.