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Síria realiza primeiras eleições desde a queda do ditador Bashar Al Assad


Síria tem primeiras eleições desde a queda do regime Assad

A Síria realiza esta semana as primeiras eleições no país desde a queda do ditador Bashar Al Assadí, mas líderes de minorias étnicas se queixam de perseguição e falta de representatividade.

Não vai ter voto popular. Dois terços dos parlamentares vão ser escolhidos por colégios eleitorais. Um terço, diretamente pelo presidente Ahmed al-Sharaa. Ele governa desde dezembro de 2024, quando o grupo HTS, que tem origem na rede terrorista Al Qaeda, derrubou o ditador Bashar al-Assad depois de mais de 13 anos de guerra civil.

Estima-se que meio milhão de sírios tenham perdido a vida no conflito. Mas o novo governo está longe de ser unanimidade. O HTS é da corrente sunita do Islã, maioria religiosa na Síria.

“Sempre me opus a Assad. Era um ditador. Só que agora pessoas estão sendo mortas por causa de perseguição étnica e religiosa”, disse o ativista druso Narwas.

Em julho, centenas de drusos foram assassinados em Sweida. Antes, em março, foram mais de mil alauítas, da minoria xiita.

“É uma situação catastrófica. Depois dos massacres, ainda houve incêndios. Há muitos sequestros. Mortes todos os dias”, relatou a porta-voz alauíta Mouna.

A Mouna e o Nawras são parte de um grupo de representantes de minorias sírias que foi a Genebra denunciar graves violações que as comunidades não só alauíta e drusa, mas também yazidi, cristã e curda estão enfrentando desde a mudança de regime na Síria.

Eles participaram de reuniões paralelas ao Conselho de Direitos Humanos da ONU. Na abertura da sessão, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos se disse profundamente preocupado com o recente aumento da violência na Síria. Volker Türk se referiu à transição política como frágil.

Os ativistas deixaram claro que não reconhecem o processo eleitoral. A Rawan cobrou:

“Para uma Síria unida, cada um deve administrar seu próprio quarto numa única casa, até que tenhamos um novo pacto social, que garanta a dignidade e a segurança de todos”.

Síria: Líderes de minorias étnicas se queixam de perseguição e falta de representatividade em eleições

Reprodução/TV Globo

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