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Suspeito de ser o mandante de chacina com 8 mortos em garimpo entre Amapá e Pará é preso no DF


Suspeito de ser o mandante de chacina com 8 mortos na Amazônia é preso no DF

A Polícia Civil de Goiás prendeu neste sábado (16) em Samambaia (DF), José Edno Alves de Oliveira, conhecido como “Marujo”, apontado como mandante da chacina que matou oito pessoas em um garimpo na divisa entre Amapá e Pará.

O crime teve grande repercussão pela violência e pela forma como foi executado. A investigação da Polícia Civil do Amapá identificou a participação de 5 policiais militares, um guarda civil e um garimpeiro.

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Após denúncias nas redes sociais sobre o possível envolvimento de José Edno no crime, no dia 9 deste mês, a defesa do suspeito emitiu uma nota dizendo que ele não tinha nenhuma ligação com a chacina e que a acusação feria a honra e a paz de sua família.

A operação deste sábado (16) foi coordenada por equipes da Polícia Civil de Goiás, incluindo o Grupo Antissequestro, o Grupo Especial de Investigação Criminal de Luziânia, a Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios e a Central de Flagrantes.

José Edno Alves de Oliveira, apontado como mandante de chacina entre o Amapá e o Pará

Reprodução

Suspeito de ser o mandante de chacina em garimpo entre Amapá e Pará é preso no DF

Polícia Civil de Goiás/Divulgação

O trabalho contou com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), ligado à Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça.

O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, destacou a importância da atuação conjunta entre União e estados.

“Quando a União e os estados se unem e trabalham de forma integrada, o resultado é sempre positivo. Trata-se de um crime importante, que chocou todo o Brasil, e o resultado hoje é significativo e é fruto de um trabalho que envolveu forças estaduais e a União Federal trabalhando com afinco”, disse.

Segundo Rodney da Silva, diretor da Diopi, a prisão mostra que a integração entre forças policiais funciona.

“A centralização das informações, o emprego de ferramentas de inteligência cibernética e a coordenação operacional permitiram a convergência de esforços e a captura de um alvo de alta periculosidade”, descreveu.

O caso reforça a importância da cooperação entre órgãos de segurança no combate ao crime organizado.

A prisão é resultado de uma ação conjunta entre as Polícias Civis e órgãos de inteligência, que realizaram diversas diligências para localizar e capturar o suspeito, considerado perigoso.

O homem preso ficará à disposição da Justiça e seguirá sob custódia, conforme decisão judicial.

Veja quem são os suspeitos da chacina apontados pela polícia:

Cinco policiais militares são presos no Amapá suspeitos de chacina na Amazônia

Douglas Vital Carvalho Costa – sargento da Polícia Militar

Matheus Cardoso de Souza – soldado da Polícia Militar

José Paulo Pinheiro da Silva Júnior – soldado da Polícia Militar

Iago Jardim Fonseca – soldado da Polícia Militar

Emerson Freitas dos Passos – soldado da Polícia Militar

Franck Alves do Nascimento – guarda civil de Laranjal do Jari

Benedito Rodrigues Nascimento – garimpeiro

José Edno Alves de Oliveira, conhecido como “Marujo” - apontado como mandante

Policiais são presos suspeitos de envolvimento em chacina na Amazônia

Rafael Aleixo/g1

Polícia prende 7 suspeitos de chacina da divisa do Amapá com o Pará

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Relembre o caso

Mapa da região onde ocorreu chacina de garimpeiros na divisa do Pará com o Amapá

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Um grupo de nove garimpeiros foi atacado enquanto negociava terras em área de garimpo ilegal na divisa com o Pará. Oito morreram e um foi resgatado com vida. A polícia acredita que eles foram confundidos com assaltantes que atuaram na região dias antes.

As informações preliminares apontam que um grupo de assaltantes estava agindo na região para roubar ouro, o que teria provocado a reação dos suspeitos da chacina.

Os corpos foram encontrados em pontos distintos da mata e do rio Jari. Duas caminhonetes usadas pelo grupo foram incendiadas.

As vítimas foram identificadas como:

Antônio Paulo da Silva Santos, conhecido como "Toninho" - 61 anos, natural de Cedro - MA.

Dhony Dalton Clotilde Neres, conhecido como "Bofinho" - 35 anos, natural de Itaituba - PA. Era garimpeiro e praticava a atividade legalmente no município de Calçoene;

Elison Pereira de Aquino, conhecido como "Dinho" - 23 anos, natural de Laranjal do Jari - AP, atuava com transporte de combustível para o garimpo. Vítima deixou a esposa grávida. Corpo foi velado e sepultado no sul do Amapá;

Gustavo Gomes Pereira, conhecido como "Gustavinho" - 30 anos, natural de Ourilândia do Norte - PA. Segundo informações, morava em um condomínio em Macapá, era casado e pai de um bebê de 1 ano. Ele estaria no local como visitante e não possuía vínculo com atividades no garimpo;

Janio Carvalho de Castro, conhecido como "Jane", natural de Bom Jesus do Tocantins - PA. Era garimpeiro e praticava a atividade legalmente no município de Calçoene;

José Nilson de Moura, conhecido como "Zé doido" - 38 anos, natural de Lagoa da Pedra - MA;

Luciclei Caldas Duarte, conhecido como "Tripa" - 39 anos, natural de Laranjal do Jari - AP. Era piloto da voadeira utilizada pelo grupo;

Paulo Felipe Galvão Dias, 30 anos, natural de Capitão Poço - PA.

Polícia identifica 8 mortos na divisa do Amapá com o Pará

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Polícia localiza oitavo corpo de grupo de garimpeiros alvo de chacina na divisa do Amapá com o Pará

GTA/Divulgação

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