
Trump na ONU
Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (28) que há "uma chance real de grandeza no Oriente Médio", sem fornecer detalhes específicos, dias depois de afirmar que estava perto de fechar um acordo para encerrar a guerra em Gaza.
"Temos uma chance real de Grandeza no Oriente Médio. Todos estão a bordo para algo especial, pela primeira vez. Nós vamos conseguir", disse ele em uma publicação no Truth Social.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma publicação no Truth Social.
Reprodução/Truth Social
O rei Abdullah da Jordânia disse neste domingo (28), que muitos detalhes do plano do presidente dos Estados Unidos para encerrar a guerra em Gaza estavam “em linha com o que já foi acordado”, informou a agência estatal de notícias jordaniana.
Ele não deu mais detalhes sobre o plano em si ou sobre o que ele incluía. Trump afirmou na sexta-feira (26), que estava perto de fechar um acordo para acabar com a guerra em Gaza e trazer os reféns de volta para casa.
Vale lembrar que no início deste mês, Trump lançou o que chamou de "último aviso" ao Hamas, pedindo que o grupo terrorista aceite um acordo para libertar reféns em Gaza.
“Os israelenses aceitaram meus termos. Agora é hora de o Hamas aceitar também”, declarou Trump em uma publicação na sua plataforma Truth Social. “Avisei o Hamas sobre as consequências de não aceitar. Este é meu último aviso — não haverá outro."
O governo dos Estados Unidos tem intermediado negociações de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que ainda permanecem em impasse.
Netanyahu boicotado na ONU
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou durante discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que seu país seguirá atacando a Faixa de Gaza até que "termine o trabalho" no território palestino.
Em uma fala desafiadora, Netanyahu criticou a pressão crescente da comunidade internacional sobre Israel, rejeitou um Estado Palestino, negou que seu Exército esteja matando civis ou causando fome em Gaza e afirmou que está "lutando uma batalha" pelo Ocidente.
Netanyahu entrou no plenário da ONU sob vaias, e a maioria das comitivas se retirou antes mesmo de ele começar a falar, como gesto de repúdio (veja vídeo). A comitiva do Brasil também deixou o local, como ocorreu no ano passado.
A crise humanitária na Faixa de Gaza esteve no centro da discussão da Assembleia Geral da ONU. Antes mesmo dos discursos dos chefes de Estado, vários países anunciaram que passaram a reconhecer o Estado da Palestina.
Grande parte da comunidade internacional apoiou o direito de Israel de se defender contra o grupo terrorista Hamas devido aos atentados de 7 de outubro de 2023. Naquele dia, mais de 1.200 pessoas morreram e dezenas foram sequestradas.
O agravamento da crise humanitária em Gaza gerou críticas da ONU e de países da Europa, aumentando a pressão contra Israel. Uma comissão contratada pelas Nações Unidas apontou neste mês que há genocídio no território palestino.
Com informações da agência de notícias Reutres.
LEIA TAMBÉM:
Na ONU, delegações do Brasil e de outros países boicotam pronunciamento de Netanyahu
Lula x Trump: as diferenças nos discursos sobre Gaza, tarifas e desigualdade
Lula e Trump, Ucrânia e Palestina: os principais pontos da Assembleia Geral da ONU
Governo Trump põe 'caneta automática' como foto oficial de Biden em galeria

