Imagens de Trump com Epstein são projetadas em torre do Castelo de Windsor

Ativistas projetaram imagens de Donald Trump e do empresário Jeffrey Epstein, condenado por comandar uma rede de abusos sexuais, em uma torre do castelo de Windsor, no Reino Unido, onde Trump iniciou visita nesta quarta-feira (17).

A projeção, a primeira em uma residência da família real britânica, ocorreu na noite de terça-feira (16), na véspera da chegada do presidente norte-americano ao Londres para uma visita de Estado.

Entre as imagens projetadas na torre de Windsor estavam retratos de Epstein — morto na prisão em 2019 antes de seu julgamento por exploração sexual — a foto policial de Trump feita durante um de seus processos judiciais, e vídeos dos dois juntos em uma festa.

Trechos de jornais com notícias sobre o caso Epstein também foram exibidos.

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A projeção foi feita pelo grupo britânico Led by Donkeys ("Guiados por burros", em tradução livre), que exige responsabilidades dos políticos por meio de campanhas frequentemente humorísticas. A polícia local anunciou em um comunicado a prisão de quatro pessoas suspeitas de "comunicações maliciosas" após o incidente.

Projeção feita por ativistas em torre do Castelo de Windsor, no Reino Unido, em 16 de setembro de 2025 exibe foto de Jeffrey Epstein e Donald Trump juntos

Phil Noble/ Reuters

"Levamos muito a sério qualquer atividade não autorizada nos arredores do castelo de Windsor", afirmou Felicity Parker, responsável pela polícia do Vale do Tâmisa, citada no comunicado. Ela acrescentou que os agentes "rapidamente interromperam a projeção" antes de prenderem os quatro suspeitos.

Dezenas de manifestantes anti-Trump também se reuniram em Windsor na terça e nesta quarta para protestar contra a visita do presidente americano.

Caso Epstein

Jeffrey Epstein: quem foi, quais crimes cometeu e qual a associação com Trump

O caso Epstein vem manchando a presidência de Trump há meses. Por muito tempo, o líder republicano foi amigo íntimo do empresário, antes de romper relações com ele.

Durante sua campanha, ele defendeu abrir os arquivos da investigação sobre as denúncias de Epstein comandava uma rede de abusos sexuais e tráfico de menores. No entanto, seu governo tem adiado a divulgação dos documentos.

O caso também esteve presente esta semana na agenda do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que destituiu seu embaixador em Washington, Peter Mandelson, após a imprensa divulgar vínculos estreitos que Mandelson mantinha com o criminoso.