Cachorro é encontrado morto depois de passar dia amarrado e amordaçado sob sol de 32°C
Um cachorro foi encontrado morto após passar horas amarrado e amordaçado sob o sol e temperatura de 32 ºC em Brasilândia de Minas, no Noroeste de Minas. Anjinho, nome dado ao cão pelos moradores dos bairros Planalto e Bela Vista, morreu na quarta-feira (20). Veja o vídeo acima.
Conhecido e querido pela comunidade, o animal era castrado e vacinado.
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O corpo de Anjinho foi encontrado somente por volta das 20h, em um terreno e caído próximo a uma poça de água que era usada para regar uma bananeira. A cena comoveu os moradores que choraram ao redor do corpo.
Os moradores foram até a Polícia Militar (PM) para cobrar que os responsáveis pelos maus-tratos fossem encontrados. No entanto, ninguém foi preso até o momento.
De acordo com a veterinária Julia Melo, que foi até o local onde o cachorro foi encontrado morto, a provável causa da morte foi uma desidratação provocada pelo tempo em que ele ficou sem acesso à água e comida.
“A desidratação seria confirmada por um exame de sangue que, infelizmente, não é mais possível ser feito devido ao tempo de morte do animal”, disse a veterinária.
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Últimos passos de Anjinho
Local onde Anjinho ficou amarrado sem comer e beber por horas
Reprodução/Redes Sociais
Os últimos passos do animal foram relatados pelo professor André Vargas. Segundo o ele, que descreve Anjinho como um cão já velho e gordo graças aos cuidados da população, a última vez que o animal foi visto livre foi às 11h45.
De passos firmes, ele caminhava pelas ruas e até uma moradora parou para alimentá-lo.
Anjinho voltou a ser visto cerca de três horas depois, quando foi encontrado fraco, amordaçado e preso em um terreno. O cão foi solto por pedreiros que estavam em uma construção próximo ao local.
Segundo eles, Anjinho já estava muito fraco e a amarração em seu focinho impedia que ele bebesse ou comesse. Após ser solto, o animal só voltou a ser encontrado por volta das 20h, quando moradores se reuniram para procurá-lo.
Anjinho morreu próximo a uma bananeira, em uma poça de água.
“O pessoal chorou muito quando o viu. Em uma situação dessas é difícil imaginar o que leva o ser humano a ter uma reação tão intensa. Faltam palavras e adjetivos para descrever o que sentimos nesse momento”, finalizou André.
O que fazer em casos de maus-tratos a animais?
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